Identificadas "com grande probabilidade" mais cinco vítimas mortais

  • 04/09/2025

Segundo o diretor da PJ, Luís Neves, a informação recolhida em boletins de alojamento e também junto de familiares que contactaram a PJ através da linha criada para o efeito permite atribuir "com grande probabilidade" a identificação e nacionalidades a cinco das vítimas mortais.

 

Depois de o Ministério Público ter adiantado que já estão devidamente identificadas oito vítimas mortais confirmadas, Luís Neves referiu que falta ainda determinar a identidade de três das vítimas mortais.

Em conferência de imprensa na sede da PJ em Lisboa, o diretor do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), Francisco Corte Real, adiantou ainda que já foram concluídas as 16 autópsias às vítimas mortais do acidente.

Segundo Francisco Corte Real, estiveram envolvidos no trabalho de autópsia e identificação dos corpos 37 elementos do INMLCF, num "trabalho contínuo" até à tarde de hoje, quando foi concluída a última autópsia.

O diretor do INMLCF explicou que nos casos em que foi possível recorrer a impressões digitais com base em informação disponível a identificação foi mais rápida, mas noutros casos será necessária a colaboração de familiares, residentes noutros países, para obter o perfil genético ou registos dentários que permitam a identificação, o que poderá levar mais tempo.

Sobre os corpos já identificados adiantou estarem em condições de ser libertados e nos restantes casos em que a identificação ainda não está completamente fechada Francisco Corte Real disse que o instituto irá trabalhar durante esta noite para concluir os perfis genéticos que ainda faltam.

Sobre a linha telefónica dedicada criada pela PJ para este caso, Luís Neves disse que esta se revelou muito importante na recolha de informação útil à identificação das vítimas, tendo recebido cerca de 200 chamadas nas primeiras horas, permitindo ainda dar informação a familiares das vítimas e fazer o respetivo encaminhamento.

O diretor nacional da PJ, que referiu que do ponto de vista de recolha de indícios criminais o trabalho no local do acidente está concluído, recusou ainda adiantar possíveis causas para o descarrilamento, por não ter informação que o permita fazer.

"Muita gente morreu, é um momento difícil para todos e naturalmente nós colocámos desde a primeira hora todos os meios, todas as valências para podermos obter essa resposta. Agora, as investigações são dinâmicas. Já em outras ocasiões, também dolorosas, nós tomámos posição logo no início relativamente àquilo que era a perspetiva de que se poderia ter que estar na base da ocorrência. Neste caso não o fazemos, porque essa perspetiva não existe e nós não podemos estar a falar sobre aquilo que não existe", disse.

Questionado sobre a eventual existência de uma câmara no interior do elevador e da existência de gravações, Luís Neves não foi taxativo a confirmar a informação, mas disse que a PJ tem na sua posse "todos esses elementos" e "outros de tipologia idêntica" que "serão vistos à lupa" para se retirar informação que permita explicar o sucedido.

O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e duas dezenas de feridos.

O Governo decretou um dia de luto nacional, cumprido hoje.

O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.

[Notícia atualizada às 21h04]

Leia Também: Santa Casa confirma morte de quatro trabalhadores no acidente em Lisboa

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/pais/2848503/identificadas-com-grande-probabilidade-mais-cinco-vitimas-mortais#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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